sexta-feira, 12 de junho de 2015

Sobre o "Dia dos Namorados".



"Belo Horizonte, 3 de junho de 2015

Queridos amigos,

Apesar de ter entrado numa fase de tentar racionalizar meu coração, me peguei pensando muito no amor nos últimos dias. Aprender o que é amor de fato é meio difícil. É algo que leva tempo. Escrevo com alguma regularidade sobre alguns amores que vivi, vi de perto e alguns com que somente sonhei. Tenho sentido que o amor de verdade é fácil de ser reconhecido. Em ser algo único. Em ser tão simples e também, tão tranquilizador. Em ser somente o que quer ser.

Eu sempre imaginei como seria o mundo repleto dele. Eu sempre tentei de certa forma definir algo talvez meio indefinível. Como seria a definição de um amor, daquele dos bons. Daqueles que não precisa pedir pra ficar nem voltar. De ser uma companhia mesmo na distância, afinal “estar perto não é físico”. Acho que nem pensar antes de fazer alguma coisa boa. Ir lá e fazer. Porque talvez o amor seja assim, vicia a gente em querer fazer o outro sorrir o tempo todo. Eu costumo dizer que não sei se já senti amor. Sempre acho que não porque o imagino de uma forma bem bonita, feliz e generosa. Que seja capaz de guiar tudo o que de melhor eu possa ser. Sei que idealizo o amor por vocação, não teimosia.

Vivo nas nuvens há mais tempo do que piso no chão. Assim, nada prático. Sempre senti muito tudo e tudo muito. Por mais que viessem me contar o quanto esse caminho possa ser solitário. Ou perda de tempo. Até ingenuidade. Mesmo ilusão.

Pedi licença temporária à vida para tentar racionalizar um pouco meu coração. Mas a natureza nunca me foge e eu me pego pensando no amor. No quanto eu mudei o rumo. Mas sempre me voltam as palavras. Essas não me faltam nunca. Elas vem pra dizer o quanto eu acho o amor bonito, sim. Que ainda existe por aí um amor sem aspas. Aquele sem mentiras. Sem promessas. Aprendi em minhas leituras que ser sensível tem lá sua nobreza. Mas aprendi com a vida que ser assim tem lá seus machucados. Desses bestas mas doloridos, feito quando a gente bate o dedão no pé da mesinha. Me basta acreditar que é o amor quem cuida das dores. Que dá as mãos quando a gente tem que seguir em frente. Que desafina comigo minha música preferida. Que pode me proteger das mentiras que me contam todos os dias. Aquele amor. Que quando apaga a luz do quarto, acende as estrelas.

É. Continuo nas nuvens. Nessas poucas que aparecem em dias de céus azuizinhos.

Gui."

Quando reconheci o amor, para o site Moldando Afeto!

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Hey...

Esse texto não é meu, é uma reflexão amorosa de alguém com as suas conquistas e desilusões da vida, e que em muitos pontos concordo com a pessoa que escreveu. 
Eu acho sim, que o amor existe, que é um sentimento nobre e bonito, mas assim como diz o texto, resolvi racionalizar meu coração e as historinhas de amores perfeitos tipo Contos de Fadas não me interessam mais. Não perdi o romantismo, longe disso, vocês podem confirmar lendo duas postagens anteriores a essa. O que quero dizer é que hoje prezo por um sentimento mais maduro, consciente, sem muitas cobranças ou frescuras. Não, eu não tenho um relacionamento assim e muito menos estou dizendo que meu relacionamento é perfeito, mas acredito que o "encanto da coisa" seja a vontade de crescer e  lutar por isso, melhorar um pouco a cada dia. Estar sempre buscando um equilíbrio e amadurecimento sadio na relação. 
Eu também tenho pensado muito no amor esses dias... E sobre suas variadas formas de ser e de existir no coração da gente. O amor é tudo isso mesmo, de se doar, de pensar no outro, de querer agradar o outro, fazer coisas que deixam o outro feliz. Como diz o texto, a pessoa que vos escrever agora (eu) também não é nada prática! Sempre tive isso de sentir muito, de me doar por inteiro, de muitas vezes quebrar a cara e me arrepender de todas as coias boas que já tinha feito por alguém. Mas hoje enxergo tudo por uma ótica diferente e sei que se não tivesse passado por tantas outras coisas no passado, não estaria sabendo reconhecer no presente para quem devo me dedicar de verdade, ou perceber o que de fato vale a pena. Hoje mais do que nunca eu sei que "estar perto não é físico", e por acreditar nisso, todos os dias temos construído mais um pedacinho do pilar que sustenta nosso relacionamento. 
Só pra finalizar, hoje eu estou me sentindo um pouco melancólica e solitária, não quero acabar falando alguma besteira. Estamos passando mais um Dia dos Namorados distantes um do outro, mas tudo porque temos um propósito em comum. Estamos separados agora construindo as nossas bases para mais adiante passarmos o restante das nossas vidas juntos. "Me basta acreditar que é o amor quem cuida das dores." E que a cada dia é uma nova batalha na construção do nosso amor de verdade, que se doa, que não é mesquinho, que é racional e que só faz bem a quem o vive e o pratica.

Hoje a noite, certamente vou me afogar em baldes de Brigadeiro e copos de Coca Cola. Saudades do meu amor...

Feliz Dia dos Namorados!

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